Neste lugar onde me deixaste só,
as ruas são sombrias e não têm nome.
Não há canteiros de flores nas janelas,
nem pássaros a dormir nos beirais,
e os vultos que por mim passam
não têm rosto.
E o que mais me desespera,
não é a certeza de estar
perdida, sem ti, sob um céu
que não sabe amanhecer...
É olhar para cima,
e não conseguir ler um poema
nas estrelas que restam.