sábado, 19 de dezembro de 2009

Alma de Poeta


Tenho uma alma inquieta,
que não se contenta com pouco,
prisioneira de um coração louco,
jamais se sente completa.

Alma grande, desvairada,
esta minha, inconsequente,
se não ama, anda doente,
não tem razão para mais nada.

Que fazer de uma alma assim,
se não posso arrancá-la do peito,
matá-la com um golpe perfeito,
se ela faz parte de mim!...

Não sossega, a minha dor,
pois tenho uma alma inquieta,
tenho alma de poeta,
tenho a alma aberta em flor.