sábado, 28 de novembro de 2009

Silêncio



Foi por mim que gritei pelo Silêncio...
Atirei ao vento as palavras que me restavam ...
Foi quando compreendi
Que nada me dariam do infinito que pedi,
Que ergui mais alto o meu grito
E pedi mais infinito!

Pior do que a voz que cala,
é um silêncio que fala.
Imediatamente me veio à cabeça situações
em que o silêncio me disse verdades terríveis,
Quantas coisas são ditas na quietude,

Só ele permanece imutável,
o Silêncio......
O deserto é um silêncio depois do mar,
É o êxtase da luz sobre o coração da areia.
Vai-se e volta-se e nada se esquece.

Tudo se oculta para depois se dar a ver
No ponto em que os ventos se cruzam
É na mais absoluta solidão,
Impregnado de uma espessa tristeza,
Que eu ouço vozes; vozes engasgadas,
Que ultrajam com rigor o meu silêncio.”

O Poema jamais alcançará a sublimidade do silêncio total.

Minha voz é calma e suave...
Mas não queira ouvir o meu silêncio....


.......É ensurdecedor!!

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